Quase cinco anos depois da liberação pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos), o Belviq foi aprovado pela Anvisa no fim do ano passado e deve ser comercializado ainda em 2017.
Composto de lorcaserina, o remédio é uma das apostas dos médicos para auxiliar no processo de perda de peso, ao lado dos já liberados por aqui, orlistat, sibutramina e liraglutida.
Assim como os outros, o medicamento é indicado para pacientes obesos, com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, ou em casos de sobrepeso, com IMC maior que 27 e que já tenham problemas como hipertensão e diabetes.
Apesar da recomendação semelhante, a ação do Belviq é diferente dos concorrentes. “Ele é o único que age em um determinado receptor de serotonina, resultando na redução de apetite. Pesquisas apontam que também ajuda a diminuir a pressão arterial e o colesterol”, diz o endocrinologista Renato Zilli, do hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Segundo ele, a perda de peso com o uso do medicamento fica em torno de 4 a 6 quilos por ano, o que pode parecer pouco em se tratando de pessoas obesas. “Esse número é uma média, que pode ser maior de acordo com os hábitos do paciente. Aliar a droga a uma dieta equilibrada e a uma rotina de exercícios é a combinação mais efetiva.”
Os estudos indicam que o uso do Belviq cause menos reações adversas em relação a outros medicamentos. Mas é possível que o indivíduo apresente dor de cabeça, náuseas, tontura e até infecções respiratórias - fatores que podem surgir logo nas primeiras semanas de tratamento.
Zilli explica que, para saber se vai fazer efeito, o remédio precisa ser tomado por três meses. “Nesse período é necessário haver uma perda de 5% do peso corporal. Caso não haja, o medicamento é suspenso”.
A droga é encontrada na forma de comprimido e deve ser tomada duas vezes ao dia.