A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está ministrando
cursos de capacitação nos estados sobre a RDC 11/2011, recente resolução
da Agência que aumenta o controle sobre a prescrição e o uso da
Talidomida no país.O treinamento que acontece inicialmente em oito
capitais brasileiras (São Paulo, Brasília, Fortaleza, Maceió, Goiânia,
Porto Alegre, Boa Vista e Manaus) é voltado tanto às Vigilâncias
Sanitárias Estaduais e Municipais (Visas), quanto aos profissionais de
saúde que estão diretamente envolvidos na prescrição e dispensação da
Talidomida, ou seja médicos, farmacêuticos e outros profissionais da
área da saúde. O agendamento dos treinamentos está sendo realizado
mediante o recebimento da demanda de cada estado.
“Neste momento iniciamos uma nova fase relativa a este tema que contém uma programação de treinamentos para todas as Vigilâncias Sanitárias Estaduais. O objetivo é discutir e esclarecer as dúvidas que os profissionais possam ter acerca da norma”, afirmou Elmo Santana, Chefe da Coordenação de Produtos Controlados da Anvisa.
A
nova Resolução faz uma revisão das atuais normas existentes sobre a
substância e o medicamento Talidomida e prevê, entre outras coisas, um
anexo com todas as doenças para as quais o seu uso é autorizado,
Hanseníase, DST/AIDS - úlcera aftóide idiopática; Lúpus eritematoso
sistêmico; mieloma múltiplo e doença enxerto contra hospedeiro.
Além
disso, a RDC determina que a embalagem do medicamento traga a imagem
de uma criança vítima da Talidomida para alertar ainda mais sobre os
riscos da ingestão da substância durante a gravidez.
A
Talidomida é uma substância que, apesar de ser bastante eficiente no
tratamento de algumas doenças como a hanseníase, foi responsável pelo
nascimento de mais de 10 mil crianças com más-formações em todo mundo
entre as décadas de 50 e 60.
Além
da capacitação, a Anvisa está trabalhando na elaboração de materiais
explicativos e na criação de um espaço no portal da Anvisa para manter
informados os profissionais de saúde, gestores e pacientes, independente
de participarem ou não dos treinamentos presenciais”, disse Elmo
Santana.
Fonte: Imprensa/Anvisa