Um painel sobre a política externa e a atuação internacional da
Anvisa reuniu representantes dos ministérios da Saúde, de Relações
Exteriores, da Fazenda e parlamentares na sede da Agência nesta
quinta-feira (2/6).
“A regulação sanitária é percebida com uma atuação global”, disse
Dirceu Barbano, diretor presidente da Anvisa. “Ela é também um motor de
desenvolvimento, uma vez que amplia o mercado para as empresas”.
Durante a abertura do evento, Barbano afirmou que a meta é buscar o
diálogo entre a ação internacional da Anvisa e a agenda do governo. Ele
citou, como exemplo, a atenção que deve ser dedicada à política de
erradicação da miséria. Na mesa de abertura do painel participaram
também os diretores da Anvisa Jaime César de Oliveira e Maria Cecília
Brito Martins.
As questões que envolvem o Mercosul e as políticas de saúde do
governo brasileiro foram abordadas pela Coordenadora de Integração
Regional do Ministério da Saúde, Maria Alice Fortunato, e o Assessor
Internacional do ministério, embaixador Eduardo Barbosa. Eles
ressaltaram a importância da harmonização das normas na área da saúde e a
abordagem do tema como uma agenda positiva para a cooperação do Brasil.
A cooperação na área de vigilância sanitária tem tido importante papel
no suporte às políticas estratégicas do Ministério da Saúde, no
fortalecimento das áreas de biotecnológicos e nas transferências de
tecnologia com outros países.
Para o Assessor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda,
ministro Carlos Cozendey, o comércio e a saúde são temas de importância
crescente tanto na vida das pessoas como no cenário internacional. Ele
ressaltou que com a preocupação de proteger a saúde da população é
possível criar barreiras ao comércio, sejam elas legítimas ou não e por
isso essas questões passaram a ser tratadas e reguladas no nível
mundial. “Temos que ter preocupação com as importações brasileiras e
com o grau de sanidade exemplar nos produtos que entram no país devido
ao impacto na saúde da população. Mas igualmente uma agência sanitária
deve ter a preocupação de que nossas exportações tenham essa mesma
qualidade e não sofram barreiras na entrada dos produtos brasileiros em
outros países”, afirmou Cozendey. Por isso é importante que o país adote
os padrões internacionais em sua regulação, mas que ele participe
igualmente da produção desses padrões para que esses reflitam a
realidade nacional.
O Deputado Dr. Rosinha ressaltou que a padronização internacional não
é neutra e que não participar da discussão e produção desses padrões
representa aceitar os ditames colocados pelas grandes empresas
representadas por seus países, cujo resultado pode ser muito negativo
para o Brasil.
Fonte: Imprensa/Anvisa